ROSA,Guimarães
"Quando me disseste que não mais me amavas,e que ias partir,dura, precisa, bela e inabalável,com a impassibilidade de um executor,dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias...Mas olhei-te bem nos olhos,belos como o veludo das lagartas verdes,e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,tive pena de ti, de mim, de todos,e me rida inutilidade das torturas predestinadas,guardadas para nós, desde a treva das épocas,quando a inexperiência dos Deusesainda não criara o mundo..."
Quando te disseste que o deixarias
Não conseguir dizer-te que já não mais o amavas
frágil, imprecisa, tenebrosa e sem chão.
Me senti deixando nossa segura caverna
me expondo ao mundo sem teus olhos a me acalmarem,
Executei o futuro que havia para nós.
Mal vi teu olhar em mim, meus olhos,
como afluentes de minh'alma,
preencheram-se de lágrimas
estas me impediram de ver-te por uma última vez.
Tive pena de mim, tive pena de ti, tive pena de todos!
Ouvi teu riso, e o senti como pranto.
Tínhamos um presente cruzado,
mas estes Deuses, que tanto fala,
já não nos queriam juntos neste futuro que traz o mundo...
lindo de doer, só pra variar.
ResponderExcluirBelíssimo!
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