Travessia
Águas, imensidão de vida que nos rodeia
Enquanto remamos, vivemos, traçamos
Caminhos, desejos de um destino.
Dizem que uns ventos ajudam,
Mas também dizem que estes mesmos
Podem vir acompanhados de tempestades.
O barco não aguenta, vira, Afogamos em águas de vida.
Povo doido, estes dos barcos pequenos Barcos doídos de conseguir, Remendados com suor e alento Carinho de quem nada mais tem pra seguir Esperam por este mesmo vento E fazem de um tudo Içam velas, Mapeam estrelas, Passa horas com bússolas Em punhos, em êxtase Até que chega o vento O vento E eles respiram fundo, E deixam-se levar Nesse suspiro de vida Que pode matar.
O barco não aguenta, vira, Afogamos em águas de vida.
Povo doido, estes dos barcos pequenos Barcos doídos de conseguir, Remendados com suor e alento Carinho de quem nada mais tem pra seguir Esperam por este mesmo vento E fazem de um tudo Içam velas, Mapeam estrelas, Passa horas com bússolas Em punhos, em êxtase Até que chega o vento O vento E eles respiram fundo, E deixam-se levar Nesse suspiro de vida Que pode matar.